ALGO NOVO E BOM, REINA ENTRE NÓS.

A grande roda da história parou!

Repare bem no evangelho de domingo, aquele que apresenta o anúncio de João Batista, o qual preparava a vinda do Salvador. Por isso, este profeta é preso conforme o evangelho deste final de semana, de Mateus 11,2-11. Diante da prisão e simplicidade do precursor, Jesus lembra que João é o maior dos profetas, pois anunciou a grande Luz. Claridade que não vem dos palácios dos reis, mas do meio dos marginalizados.

Esta constatação nos ajuda a preparar o Natal. Vale lembrar, conforme o livro “A Civilização da ternura”, de Giuliani Martini, que a grande roda da história sempre girou numa só direção: da periferia para o centro, do pequeno para o grande, o pouco a serviço do muito, que nada mais é que a lei do mais forte, o peixe graúdo que devora o miúdo. Foi o que aconteceu na grande família humana...

Porém, quando do Filho de Deus, Jesus de Nazaré, nasceu, lá, na periferia das capitais, fora também da pequena cidade, Belém, na estrebaria, na manjedoura, a grande roda da história parou. Alguma coisa começou a rodar diferente, em sentido contrário ou, melhor, no verdadeiro sentido da vida, da história de uma verdadeira família humana, no sentido do Reino de Deus. A roda começou girar do centro para a periferia, do grande para o pequeno, dos reis magos para o menino na manjedoura, do muito a serviço do pouco, para que o pequeno cresça e se estabeleça. Assim a igualdade e na igualdade a comunhão mais autêntica, como Deus, no modelo da Trindade – Comunhão de pessoas iguais e distintas.

Então, o maior, o infinito, será encontrado no menor. Esse Natal realmente deve ser o ano zero da história! É bom contar os anos a partir deste dia em que Deus se fez um Deus menor e a opção preferencial pelos excluídos surgiu como luz das nações. Finalizando perguntemo-nos: Eu estou esperando a Luz de Cristo a partir do luxo? Das grandes festas? Das grandes emissoras de TV? Onde espero encontrar Jesus Cristo? Como estou me preparando para Natal?